GARIBALDI - UMA CIDADE PROMETIDA E PROMISSORA

GARIBALDI - UMA TERRA PROMETIDA. 
 


 
****GIUSEPPE GARIBALDI - O HOMEM E O MITO
 
O núcleo surge por ato de 24 de maio de 1870. Na data o presidente, Dr. João Sertório, cria as colônias Conde D'Eu e Dona Isabel, inaugurando um novo momento no processo de colonização e economia no estado do Rio Grande do Sul. Garibaldi intitula-se, inicialmente, Colônia Conde D'Eu, denominada assim em homenagem ao genro do imperador, casado com a Princesa Isabel.
As duas colônias possuíam 32 léguas quadradas de terras devolutas. Era necessário proceder ao povoamento. A região não oferecia atrativos, pois suas terras eram acidentadas. Seria necessário investir na infra-estrutura para povoá-la. Mas como o governo não estava disposto a tanto, buscou outros recursos para torná-la habitável e cultivável. Estendeu seu foco para além do que o horizonte podia enxergar e encontrou a solução: povoar a região com europeus habituados ao mesmo clima do sul, ao frio e às dificuldades do terreno para o cultivo agrícola.
A colonização da Colônia Conde D'Eu, aconteceu no final da fase imperial. Os primeiros imigrantes chegaram em 9 de julho de 1870 e eram todos prussianos (alemães).
Na época, a única estrada existente, e em péssimas condições, ligava Montenegro a Conde D'Eu, passando por Maratá. Foi por essa estrada que, a partir de 1874 e 1875, começaram a chegar novas levas de imigrantes suíços, italianos, franceses, austríacos e poloneses.
O contato para a vinda desses povoadores foi feito por agentes que, através de uma campanha de aliciamento, promoveram a vinda de um contingente de europeus. Também não havia necessidade de se pensar em estratagemas complexos, era apenas necessário compreender a situação do povo diante das guerras que aconteciam na Europa, para a Unificação da Alemanha, a agitação política para estabelecer a Unidade Italiana e as lutas na Áustria e Polônia, trazendo de roldão a falta de trabalho nos campos e o empobrecimento das regiões urbana e rural.
 
Do embarque na Itália, até a chegada nas terras do Sul, as histórias relatadas pelos imigrantes falam, no entanto, de desamparo, de exploração, de muito sacrifício. Novos estudos apontam, que o maior sofrimento estava ligado à saudade da terra e à incerteza do novo. O fato é que foi necessário muito trabalho para que os imigrantes transformassem esta região em colônias e, conseqüentemente, em cidades.
Nos primeiros tempos foi na religião, na reza do terço, que o habitante renovou seu vigor e encontrou alento para enfrentar a saudade de sua pátria e buscar o convívio com outras famílias.
 

 

 
****DETALHES DA ARQUITETURA CENTRAL
 
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Engenheiro e agrimensor, Manoel Peterlongo vindo com sua família de Trento, no Tirol italiano, além de ajudar a fazer o traçado da cidade de Garibaldi, produziu o primeiro champanha do Brasil. O produto, obtido por meio de sábias misturas de vinhos de qualidades complementares e submetidas a uma fermentação em garrafas era o sonho maior do técnico, que desejava produzir em Garibaldi um vinho que tivesse a mesma qualidade daquele que estava habituado a beber na Europa. O sonho de Peterlongo começou a criar suas próprias raízes em 1913, quando o homem que traçou os primeiros rumos da industrialização do Município, utilizando-se de um processo natural de fermentação (champenoise), criado pelo abade francês Don Pérignon, onde o vinho-base era colocado nas garrafas, juntamente com a adição de licor de tirage e leveduras selecionadas, produziu o primeiro champanha brasileiro. No mesmo ano, a qualidade do novo produto já era reconhecida publicamente, ao ganhar a Medalha de Ouro na Exposição de Uvas, na qual foi gravado: "Bendita a terra a que este sangue aquece".
Com o falecimento de Manoel, em 1924, o comando da Casa Peterlongo passou para o filho Armando, que ampliou o estabelecimento, de acordo com o melhor padrão europeu, com uma cantina de 10.000m2, com túneis em granito. Ele preparou a empresa para o salto que viria depois: a modesta organização de trabalho baseada na participação comunitária da família se transformaria numa grande empresa, conquistando o mercado nacional, a partir de 1930.
A crise econômica da década de 30 invibializou a produção artesanal e, por causa do alto custo operacional e comercial, o Estabelecimento Vinícola Armando Peterlongo adotou o processo charmat, onde o vinho-base era levado a fermentar a uma temperatura de 13º a 15ºC, em recipiente de aço inox com capacidade de 5 a 10 mil litros, sendo que no ano de 1942 realizava a primeira exportação do produto (Magazine Macy's de Nova Iorque).
 
 
Sua colonização foi feita por uma mistura de etnias europeias, mas, apesar da diversificação, a cultura italiana predomina. É a "terra do espumante". As vinícolas são as maiores atrações: 80 por cento do espumante e 60 por cento do vinho nacional são fabricadas na região de Garibaldi e Bento Gonçalves. Vinícolas como "Chandon", "Georges Aubert", "Peterlongo", dentre outras, permitem a visitação e degustação.
Contrastando com a sofisticação do espumante, Garibaldi é o maior produtor de frango do Rio Grande do Sul e segundo do Brasil. Existem prédios históricos como o antigo prédio da Biblioteca Pública, à Rua Buarque de Macedo, que é a parte mais antiga da cidade, assim como a Piccola Garibaldi (traduzido do italiano, "Pequena Garibaldi") - réplica da cidade no início do século XX. Para gastar o excesso de espumante, pode se fazer passeios de jipe entre parreiras e mata nativa.
 
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Bandeira Municipal de Garibaldi é esquartelada em cruz, sendo os quartéis azuis, separados ao centro por uma faixa larga branca carregada em abismo ao Brasão Municipal, de onde partem as faixas laterais estreitas dividindo os quartéis.
O estilo da Bandeira obedece à tradição da heráldica portuguesa, da qual herdamos os cânones e regras, com direito a opção pelos estilos terciado, esquartelado, sextavado ou oitavado, ostentando uma figura geométrica no topo, na tralha ou ao centro, onde o Brasão e aplicado, tendo por cores as mesmas constantes do campo do escudo.
O Brasão constante e flanco quartel triangular branco, conde é aplicado, representa a própria cidade se do Município; nas faixas que partem desse flanco quartel, dividindo o campo da bandeira em quartéis assim constituídos, representam as propriedades rurais existentes no mesmo.

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Crédito desta foto: garibacityblogspot

 
Podemos ver um momento que outrora seria impossível de se imaginar. A entrada do parque do Esqui, serve hoje como qualquer outra finalidade, menos a de atrair os turistas, que viam neste ponto turístico algo peculiar e tão nosso. Acho que a situação em que se encontra o antigo parque, deve-se aoS politiqueiros que assolam nossa região, enfraquecendo nossa memória.
Sim, pois o Esqui de Garibaldi está na memória de quem por ali passou em seus anos áureos.
Onde as famílias se encontravam como se num filó moderno e de olho na cidade que crescia no fim do tobogã. Imagens que permanecem em minha e muitas memórias.
Fica a dica: Ainda há tempo de recomeçar e devolver àquela cidade, seu atrativo maior.
 
 
 
 
 
fotos: garibacityblogspot e google images e arquivo pessoal
texto: google - site da prefeitura municipal de garibaldi





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