GAY OU NÃO GAY - EIS A QUESTÃO...



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Durante os últimos dias, tenho lido na mídia e redes sociais, comentários  e textos sobre a
frequência de heterossexuais em boates gays e festas para o público LGBT.
Muitos se dizem contrário a introdução cada vez maior de casais heteros na noite gay ou de curiosos no meio alternativo. 
Muitos gays se manifestaram sobre o fato e deliberaram suas opiniões sobre o assunto, e como se não bastasse, geraram muitas polêmicas.
Tenho ficado muito "aquém" destas opiniões, que na prática em nada alteram o dia a dia
dos gays que correm atrás da máquina, trabalham e buscam dias melhores neste mundo caótico em que vivemos.
Sendo assim, refleti e divido minha opinião sobre o assunto, mesmo que a ninguém possa interessar.
Mas, não quero ser acusado de não ter opinião sobre o assunto. Prefiro a crítica do que a ignorância calada.
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Esconder o casamento (ou o homossexualismo) também já fez parte da cartilha marqueteira. Hoje, nem tanto. Taí uma coisa que os frenéticos tempos que correm (e correm demais) têm de bom: não dá tempo para mentir. Agora que tudo está exposto, não há tempo perdido, não há tempo a perder.
Humberto Gessinger*********************************************
Cheguei a ler textos de pessoas exaltados com a entrada de pessoas no mundo gay, acusando frequentadores heteros de se beneficiarem do deboche e nos utilizar como atração circense.
Ora queridos! Nunca imaginei tal ação. Jamais me senti como um animal de circo, colocado aos olhos públicos. Um dos comentários mais fortes, pedia com clareza que os heteros não mais frequentassem a noite gay e que ficassem longe do meio LGBT. Quase que levando tudo a cabo de uma perseguição sem fim e que este era um local conquistado por nós arduamente, depois de muitos anos de perseguição e  sofrimento por nossa condição sexual.
Tá! Entendi! Mas não compreendi!
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Como falar em fim de preconceito, se nós mesmos, estamos cheios de justiça própria e
falamos no mesmo tom e com a mesma arrogância daqueles que nos oprimem?
Não minha gente! Não é com a mesma moeda, que vamos pagar uma dívida sobre todo o tipo de mal que nos fizeram durante toda a existência da humanidade. Tratados de forma perjotativa  desde que deixamos claro nossa possibilidade em sermos outro gênero ( opção ou condição sexual) que aquela estabelecida pela sociedade.
Como muitos, sofri todo o tipo de escárnio verbal que um gay pode sofrer. Já fui humilhado e agredido fisicamente  por ser assim como sou. Digo assim como sou, porque, devemos apenas ser aceito como somos . Sem rótulos. Sem gêneros.
Lutar pela nossa liberdade de expressão está cada vez mais difícil e cheio de caminhos tortuosos.
Desde a perseguição religiosa até o abandono familiar, estamos sendo alvo de políticos inescrupulosos, religiosos insanos e pessoas de ma fé, querendo exaltação por defenderem ou por perseguirem gays. Estamos servindo a dois senhores e nada conseguimos com isso.
Vemos cada vez mais o assunto em pauta, mas com nenhum crescimento da dignidade envolvida nas frases de efeito que as Paradas Gays adoram proferir.
No fundo, tudo um grande espetáculo que atrai milhões de curiosos, sedentos para conhecer nossos exageros e estímulos, mas  não queremos que os mesmos que nos observam nas avenidas lotadas por todos os gêneros de gays  e obrigados a verem nossa alegria libertária, frequentem nossas boates.
Façam- me o favor! Que absurdo é este. A conquista de nosso espaço tem mais haver com aqueles que nem saem as ruas, do que aqueles que gritam por liberdade de gênero e outras liberdades na imprensa ou no meio da rua. Sabemos muito bem que o meio não é e nunca foi unido. O processo de
fim das perseguições neste caso deveria acontecer de dentro para fora. O meio interagindo com sua diversidade e depois o externo com nossa liberdade. Somos os criadores de apelidos para nos diferenciarmos entre  nós mesmos. Somos os criadores das apologias quando não levamos a sério nossos representantes. Somos moralistas quando a questão não nos agrada. E nos deleitamos, na mesma forma de pré -conceito , quando pedimos com gritos de raiva que deixem de frequentar nossas casa gays. 

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Só que homossexualidade não existe, nunca existiu. Existe sexualidade - voltada para um objeto qualquer de desejo. Que pode ou não ter genitália igual, e isso é detalhe. Mas não determina maior ou menor grau de moral ou integridade.
Caio Fernando Abreu***********************************************
Tenho amigos e até familiares que frequentam ou frequentaram comigo boates gays. Nunca utilizaram nossa possível bizarrice como motivo de piada ou de chacota. E sabe porque? Porque suas idas a estes lugares estavam diretamente ligadas  ao meu existir, ao meu pensar, ao meu tipo de vida. Diretamente ligada a minha representatividade dentro do meio gay.  Entraram nestes lugares, guiados pela minha conduta moral e saíram cheios de novas experiências e com muito mais respeito para com o meio.
Na dúvida, se melhore! Sirva de exemplo! Seja a mudança!
Não impeça ninguém de entrar em nosso meio e viver da nossa alegria, do nosso bem receber.
Sofri muito! Mas nunca me lembro de terem me pedido para me retirar de um lugar hétero ( ou somente frequentados por eles), para que fosse conviver com os iguais a mim. Não me lembro de ter um dia imaginado que seriamos tão estúpidos em devolver as grosserias que sofremos. Sempre achei que nosso talento e inteligência, nos salvariam deste calvário. Ledo engano! Somos tão hipócritas quanto aqueles que nos julgam. Somos péssimos exemplos de quem chegou ao poder. Estamos conquistando o mundo com talento e muito trabalho, mas estamos fadados ao insucesso, por não sermos mais criativos na busca de nossa liberdade. Precisamos de mais exemplos. De bons exemplos.
Quanto aos que querem manter os heterossexuais fora de nossa redoma de arrogância, peço que atualizem seus aplicativos de humanidade e renovem suas informações. Não cabe a nós, tão amplamente humilhados sermos os que propagam palavras impensadas e ações sem volta.
Nós somos o exemplo e inteligência e é hora de se fazer valer de nossa privilegiada qualidade.
A inteligência nos libertará!! Fica a dica.


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LGBT é o acrônimo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros. Em uso desde os anos 1990, o termo é uma adaptação de LGB, que era utilizado para substituir o termo gay para se referir à comunidade LGBT no fim da década de 1980.
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  • Lésbicas
    Lésbica é uma mulher homossexual, cujo amor e atração física é referente a outras mulheres. Como lésbicas, as mulheres não sentem qualquer desejo ou atração física por um elemento do sexo oposto. Ainda em jeito de curiosidade, destacamos a origem do nome Lésbica, que remonta para a ilha grega de Lesbos e para a interpretação dos poemas de Safo, que refletiam um amor sexual entre ela e outras mulheres.
  • Gays
    Em contraste com o conceito de lesbianismo, Gays são homens que sentem atração física e sentimentos de amor apenas por pessoas do mesmo sexo, ou seja, outros homens. Esta condição pressupõe um distanciamento sexual relativamente ao sexo oposto.
  •  Bissexuais
    Um individuo com características bissexuais manifesta tendência afetiva e sexual para com membros do mesmo sexo e de sexo oposto. Estudada por sexólogos e outros profissionais, esta orientação sexual é motivo de dúvida para muitos e uma certeza para outros.
  • Transgéneros
    Transgénero é um individuo que possui uma identidade de género diferente do género de nascimento, porém não deseja viver e ser aceito como no sexo oposto, pois estão constantemente em mudança de um género para o outro. As Drags Queens são muito aliadas a este conceito ao vestirem-se como o sexo oposto por prazer ou por profissão. É de destacar que uma Drag Queen não tem que ser necessáriamente homossexual.
  • Transexuais
    Transexuais são indivíduos que possuem uma identidade de género diferente do género do nascimento, à semelhança dos Trangéneros. Ainda assim destacam-se pelo desejo de viver e ser aceito como sendo do sexo oposto. A OMS (Organização Mundial de Saúde) trata a transexualidade como um transtorno de identidade de género e só quando o médico detecta o transtorno, a cirurgia de mudança de sexo é possível acontecer.
  • Simpatizantes
    Como a palavra indica, simpatizantes são aqueles que não possuem qualquer preconceito para com os LGBT mesmo sendo heterossexuais. Os simpatizantes apoiam totalmente a legalização dos direitos homossexuais sem estarem relacionados com eles.
Fonte: http://www.lgbt.pt/http://thyselfolord.blogspot.com.br/Google images

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