MAXIMILIANO - O IMPERADOR DE UM MÉXICO FASCINANTE

 
Desde que comecei a escrever em meu blog, sobre a nobreza e seus personagens, muitas pessoas desconheciam a Casa Imperial do Brasil ou qualquer manifestação "real" nas Américas. Assim sendo, muitas dúvidas surgiram e muitos vultos históricos foram questionados. Diante de tal dilema histórico, deixo aqui, um pouco sobre Maximiliano - O Arquiduque da Austria, que abriu mão de seus títulos Europeus, para ser Imperador de um México fascinante.
 
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Fernando Maximiliano José de Habsburgo-Lorena nasceu no Palácio de Schönbrunn, na capital austríaca. Era o segundo filho varão do arquiduque Francisco Carlos e da princesa Sofia da Baviera. Entretanto, há boatos de que Maximiliano era, na verdade, filho biológico de Napoleão II (falecido em 1832), filho de Napoleão Bonaparte e de sua segunda esposa, Maria Luísa da Áustria.
Sofia e Napoleão II, titulado como duque de Reichstadt, tinham uma amizade íntima que provocou rumores na corte, os quais a arquiduquesa jamais se preocupou desmentir. Quando ela engravidou pela segunda vez, Napoleão II morreu de tuberculose.
 
Palácio de Schönbrunn
 
Em 27 de julho de 1857, Maximiliano contraiu matrimônio com Carlota da Bélgica, a única filha do rei Leopoldo I da Bélgica.
O casamento, contudo, só ocorreu por interesses econômicos, pois ele precisava urgentemente de dinheiro para pagar suas dívidas da construção do Castelo de Miramare em Trieste, na costa do mar Adriático. Para isso, utilizou o dote de Carlota.
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Carlota conheceu, junto com Maximiliano, Texcoco, Toluca, Cuernavaca, Puebla, Veracruz e Yucatán e impulsionou junto ao marido a instalação de trens, navios a vapor e o estabelecimento da Benemerência, que ela mesma presidiu.
Contudo, em 1867 Napoleão retirou suas tropas do país deixando o regime numa situação insustentável. Carlota partiu para a Europa com o intuito de angariar apoio ao Império. Após a negativa de Napoleão III em ajudá-los, e é então que em plena audiência com o papa a imperatriz subitamente enlouquece, começando a ter diversos colapsos nervosos. Enlouqueceu definitivamente ao tomar notícia da morte do marido. Passou sessenta anos confinada no Castelo de Bouchout, falecendo em 1927. Encontra-se sepultada na Notre Dame Church, Laken, Cidade de Bruxelas na Bélgica.
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CASTELO DE BOUCHOUT
 
Leopoldo I pressionou o imperador Francisco José I, irmão de seu genro, para que concedesse a Maximiliano o cargo de vice-rei do Reino Lombardo-Vêneto. Assim, ele completaria suas ambições dinásticas para sua filha. Viveram então na cidade de Milão até 1859, quando o imperador retirou-o do posto porque os planos de guerra não estavam nos ideais liberais de Maximiliano. Pouco a pouco, a Áustria-Hungria perdeu suas possessões na Itália, e o arquiduque decidiu retirar-se da vida pública em seu castelo de Miramare.
 
CASTELO MIRAMARE
 
 
Foi persuadido pelo imperador francês Napoleão III e por realistas mexicanos a aceitar a coroa do recém-fundado Império Mexicano (1864-1867).
A Aventura de Maximiliano de Habsburgo - como foi chamada no México - não passou de um triste episódio de interesses criados, ingenuidade e desespero. Os conservadores viram em sua pessoa a possibilidade de manter um sistema político que lhes era cômodo e que lhes parecia seguro por contar com o apoio da França, da Inglaterra e da Santa Sé. O arquiduque austríaco, por sua vez, de certo modo condenado a ser sempre o irmão do imperador da Áustria, aceitou o papel que lhe era oferecido desempenhar em um país completamente desconhecido para ele e submerso numa profunda crise política.
Em meio à crise e aos inúmeros conflitos, era inevitável que ele se voltasse para seu poderoso primo-irmão, o imperador D. Pedro II do Brasil:
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"O imperador queria consolidar a hegemonia de dois grandes impérios dos Habsburgo na América, recuperando o prestígio da dinastia. Para isso, pretendia casar seu irmão, o arquiduque Luís Victor, com a filha mais velha de Pedro II, a princesa Isabel, herdeira do trono do Brasil. Mais uma vez os planos de Maximiliano não deram resultado. O imperador austríaco Francisco José soube do plano e não o considerou um bom negócio. Estava mais interessado no futuro europeu da dinastia, e pressionou Luís Victor a desistir. Mesmo depois das várias tentativas de aproximação, até o começo de 1865 o Brasil ainda não havia reconhecido oficialmente o Império do México. Maximiliano, então, mudou de estratégia: passou a investir no envio de diplomatas ao Brasil. A representação diplomática no Rio de Janeiro passou a ter a mesma importância que tinham as de Viena, Bruxelas, Paris e Roma. Para defender os interesses mexicanos no Brasil, foi escalado D. Pedro Escandón, advogado e agente comercial, filho de uma das famílias mais ricas do México. Ao chegar, em janeiro de 1865, Escandón logo percebeu o pouco entusiasmo de D. Pedro II e o desprezo cínico que a imprensa devotava ao Império mexicano. Mas os ventos pareciam anunciar tempos melhores. No mês seguinte, Escandón foi recebido pelo imperador do Brasil no Palácio de São Cristóvão, em audiência pública ".
 
Encarando o ocorrido sob a perspectiva de Maximiliano, quando as tropas francesas se retiraram (1866-1867), ele assumiu pessoalmente o comando de seus soldados. Após um cerco em Santiago de Querétaro, foi capturado, aprisionado, julgado por uma corte marcial e fuzilado juntamente com seus generais Tomás Mejía e Miguel Miramón.
Com sua morte, a pretensão ao trono mexicano foi reivindicada por dois ramos distintos. Os Habsburgo-Itúrbide, por adoção dos netos do primeiro imperador do México Agustín de Itúrbide, e outro ramo os Habsburgo-Gueroust
 
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Fonte: Wickpédia
Fotos: Google / almaviva.blogspot.com



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