HORIZONTES - A VIDA PRÓPRIA DE UMA CANÇÃO

 
 
 
Elaine Geissler é uma cantora brasileira nascida no Rio Grande do Sul. Elaine gravou a música Horizontes, de Flávio Bicca Rocha .
Tornou-se conhecida depois do êxito desta canção, cujo tema é a cidade de Porto Alegre.
 Horizontes é considerado um hino extra-oficial de homenagem à cidade.
 
Horizontes

Elaine Geissler

Há muito tempo que ando
Nas ruas de um porto não muito alegre
E que no entanto
Me traz encantos
E um pôr-de-sol lhe traduz em versos
De seguir livre muitos caminhos
Arando terras, provando vinhos
De ter idéias de liberdade
De ver amor em todas idades
Nasci chorando, moinhos de vento
Subir no bonde, descer correndo
A boa funda de goiabeira
Jogar bulita, pular fogueira
Sessenta e quatro, sessenta e seis, sessenta e oito um mau tempo talvez
Anos setenta não deu pra ti
E nos oitenta não vou me perder por ai
não vou me perder por ai...

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http://zh.clicrbs.com.br

Abaixo segue trecho da matéria do Site ClicRBS (acima), sobre esta obra que emociona todos os gaúchos e sempre é cantada de forma saudosista e emocional. Onde a alma gaúcha, o sentimento dos anos 80 era colocado em letras que, cantadas por todas as pessoas, atingiam todas as classes. Assim se politizava o ego gaúcho nos idos dos 80. Hoje, a política e a busca pelo desenvolvimento desenfreado, nos tiraram certos prazeres.... o da música foi um deles.
Certamente Elaine Geissler, é a cantora de um sucesso só ( mas que sucesso!!!), porque, sempre será uma música representativa de um povo. E jovem que é jovem, ouvirá sempre... pelos bares de Porto Alegre, ou onde houver um gaúcho.... gaúcho que continua a olhar Horizontes!!




"Horizontes entra na última cena de Bailei na Curva, cantada pelo elenco, e a melodia segue nas vozes e assobios do público entre os aplausos ao fim do espetáculo. Tem sido assim desde 1983 com a canção composta por Flávio Bicca Rocha para a peça, como síntese existencial da geração que cresceu à sombra da ditadura militar, mas que ganhou vida própria como um hino afetivo de Porto Alegre.
 Escrevi Horizontes durante os ensaios da peça — diz Bicca. — Em setembro de 1983, um mês antes da estreia, apresentei ela no festival de música da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, evento que era muito importante e contava com participantes de todo o Brasil. Horizontes ganhou o prêmio do júri popular e ficou em terceiro na votação do júri oficial. Quando a peça estreou, a música já era conhecida.

Em 1984, Horizontes ganhou na voz de Elaine Geissler a versão que se tornou um grande hit local.

— Ela gravou num disco do projeto Unimúsica, e aí começou a tocar muito nas rádios — lembra Bicca.
Desde então, Horizontes já teve diferentes versões, sendo que uma outra que ficou conhecida tem as vozes de Victor Hugo e Ângela Jobim, dos anos 1990. Bicca diz que, apesar do sucesso, a canção que segue presente no repertório de grupos vocais, músicos da noite, festivais e campanhas publicitárias pouco lhe rende em direitos autorais:

— Caetano e Chico Buarque têm 80, cem músicas de sucesso cada um, e eu tenho essa. Não é sempre que se acerta, mas uma eu acertei — brinca Bicca
Nestes 30 anos em que sua música segue viva, Bicca diz ter ficado com uma mágoa:

— Nunca me convidaram para fazer a trilha sonora de peça alguma. Nas que fiz, também estava envolvido na produção, com meus amigos Rogério Beretta, em Adão e Eu, e Márcia do Canto, em Comédia dos Amantes."
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Fotos: Clic RBS
Texto: Wickpedia/ ClicRBS /





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