NANCY KERRIGAN - O MITO DE UM ATENTADO NO MUNDO DO ESPORTE

 
 
 
Nancy Ann Kerrigan - O MITO DE UM ATENTADO
 
. Ela conquistou duas medalhas olímpicas, a primeira de bronze em 1992, e a segunda de prata em 1994 , e conquistou uma medalha de prata e uma de bronze em campeonatos mundiais.
Kerrigan foi atacada a mando do ex-marido de uma patinadora rival, Tonya Harding. Kerrigan não participou do campeonato dos Estados Unidos patinação artística, mas se recuperou a tempo de ir para as Olimpíadas de Inverno de Lillehammer, onde ficou com a medalha de prata. Harding terminou a competição em 8º lugar.
Em 1994 e em vésperas de Olímpicos de Inverno, o ataque a Nancy Kerrigan pôs a patinação artística no centro das atenções. Do outro lado estava uma patinadora mal amada chamada Tonya Harding que pode ter orquestrado tudo .
 
 
Tonya Harding revolucionou o mundo da patinacão artística feminina. No final do ano de 1991, depois de ser campeã norte-americana e vice-campeã mundial, Harding já se tinha tornado na primeira mulher a conseguir fazer um triplo salto axel no programa curto. Não admira que tenha sido também a primeira mulher a receber um 6.0 por mérito técnico. O futuro parecia sorrir-lhe.
Mas desde aí tudo começou a correr-lhe mal. Não conseguiu voltar a fazer um axel. Torceu o tornozelo nos nacionais de 1992 e terminou em terceiro. Foi aos Jogos Olímpicos de 1992, mas as medalhas escaparam-lhe. Os fechos dos vestidos abriam-se a meio das provas, o trânsito fazia-a chegar atrasada, o jet lag deixava-a atarantada, os atacadores desapertavam-se antes de entrar no rinque. Tonya Harding tinha sempre um problema e em 1993 falhou a qualificação para os mundiais. No final desse ano, receberia uma ameaça de morte.

Tonya Harding  - A vilã da patinação



Ao mesmo tempo, a tímida Nancy Kerrigan ia melhorando dia após dia. Em 1992, já tinha atingido o mesmo que Tonya no ano anterior: era campeã nacional e vice-campeã mundial. O seu sucesso ia aumentando, enquanto Tonya ia tendo problemas cada vez piores. As duas jovens eram mais parecidas do que diferentes. As suas famílias sacrificavam-se para que pudessem patinar – a mãe de Tonya cosia todos os seus vestidos à mão, enquanto o pai de Nancy tinha dois empregos e dois empréstimos – e as duas desejavam ardentemente a medalha de ouro olímpica. Mas o público gostava mais da bonita Nancy e desconfiava de Tonya, com o seu casamento problemático e o seu hábito de fumar apesar de ter asma.
Os nacionais de 1994 chegaram e com eles uma certeza: as duas primeiras classificadas iriam automaticamente aos Jogos Olímpicos. Mas algo aconteceu que impediria Nancy de chegar à final. A patinadora saía do gelo, após um treino, para dar uma entrevista, quando foi atacada. Um homem com um bastão bateu-lhe repetidamente na perna direita, por cima do joelho, e depois fugiu. Todos os norte-americanos sentiram a maior pena por Nancy ao ver as imagens depois do ataque, onde ela, ainda a chorar compulsivamente, perguntava “porquê, porquê?”.



As suas lesões não foram graves, mas impediram-na de competir no resto dos nacionais.
Numa decisão inédita, a federação norte-americana decidiu levar Nancy em vez da segunda classificada aos Olímpicos, por considerar que as suas lesões nada tinham a ver com a prática desportiva. A outra concorrente norte-americana seria Tonya, por ter vencido os nacionais. As duas foram para Lillehammer, a cidade norueguesa dos Jogos, enquanto a polícia continuava a investigação. Foi então que se descobriu o atacante, Shane Stant, que fez uma confissão estrondosa: tinha sido contratado por Tonya Harding, o seu ex-marido Jeff Gilooly e o seu guarda-costas Shawn Eckhardt.
As duas mulheres estavam lado a lado à medida que todas estas notícias se sabiam. A comer juntas, a treinar juntas, a cruzarem-se nos corredores e a alimentarem um ódio cego uma pela outra. Harding podia ter sido expulsa, mas o Comité Olímpico decidiu não o fazer por nada estar ainda provado. A novela norte-americana adensava-se, com o público a torcer pela heroína Nancy e a desejar a ruína de Tonya. E assim aconteceu: a apresentação olímpica de Harding foi terrível, atirando-a para o oitavo lugar, enquanto Nancy brilhou. Infelizmente para ela, a ucraniana Oksana Baiul foi ainda melhor e Nancy ficou apenas com a prata.
De regresso a casa, Harding foi considerada culpada apenas de interferir na investigação e recebeu uma multa e uma pena de serviço comunitário. A patinadora negou sempre, até aos dias de hoje, saber o que o marido e o guarda-costas andavam a planejar, mas estes – que acabaram por ser presos – contaram uma história bem diferente. Muitas patinadoras recusaram-se a patinar com ela e Tonya acabou por ser completamente renegada da modalidade. Nancy não se pronunciou sobre o assunto durante anos e nem precisou. Para todos, Tonya Harding tornou-se indiscutivelmente a vilã da patinagem.

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Sem dúvida alguns roteristas de cinema teriam dado tudo para ter essa idéia e criar essa atmosfera competitiva, a ponto de haver uma agressão que tomou conta do mundo dos esportes.
Se a patinação artística tem seu espaço garantido nas audiências do mundo, sem dúvida Tonya Harding é responsável. Mesmo que isso tenha lhe custado a carreira toda e ter sido banida pelo comitê olímpico Norte Americano..
Na fogueira das vaidades do esporte, Nancy por sua vez se recusa a falar sobre isso até os dias atuais.
O que não precisa ser feito. O mundo do esporte e das especulações se divertiu com essa trama, que ainda permeia o consciente dos amantes deste esporte.

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TONYA  HARDING ATUALMENTE


NANCY KERRIGAN NOS DIAS DE HOJE

Fotos : Google
Pesquisa: Jornal i - Sports Ilustrated - ESPN - Cátia Bruno

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