La Grand Dame - Fernanda Montenegro

 
 
Hoje furto-me o direito de escrever sobre essa pessoinha que permeia meu imaginário pessoal. Tive o Prazer de conhecê-la quando gravava a novela "Esperança", aqui em Bento Gonçalves. Estava eu no hall do Hotel Dall'Onder quando deparei-me coma a grande dama. Muito gentilmente, pediu-me informações sobre a cidade, falou sobre seus netos e filha e articulou boas informações sobre a região. Eu, na época trabalhando na CVC Turismo, fingí-me de funcionário da loja de lembranças do hotel e com meu habitual talento para artes cênicas ( muitos dizem) , consegui tirar uma foto com a estrela e ainda deixar uma boa impressão de hospitalidade. Sem muito esforço é claro! Afinal a diva do teatro já tinha nossa Querência em lugar cativo. Fiquei feliz por conhecido a Grande Dama e por saber que a humildade está presente nos ícones de outrora. Contarei mais sobre outras "celebs" que conheci ao longo de meu trabalho no turismo e afins. Fiquem com ela!
 
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Fernanda Montenegro, nome artístico de Arlette Pinheiro Esteves Torres  (Rio de Janeiro, Distrito Federal, atualmente estado do Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1929), é uma atriz brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz e vencedora do Emmy Internacional de Melhor Atriz em 2013 .
Considerada tanto pelo público quanto pela crítica brasileira como uma das maiores damas do teatro, televisão e cinema de todos os tempos, é a primeira atriz latino americana e a única brasileira já indicada ao Oscar de melhor atriz, sendo nomeada por seu trabalho em Central do Brasil em 1999.
Em 1999, foi condecorada com a maior comenda que um brasileiro pode receber da Presidência da República, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito, “pelo reconhecimento ao destacado trabalho nas artes cênicas brasileiras”, entregue pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em 4 de março de 2012 entrou na lista da IMDb das 100 Melhores Atrizes de todos os tempos ficando em 20º lugar e à frente de nomes como Angelina Jolie, Jane Fonda, Julia Roberts, e Sandra Bullock, entre outros.
Em 2013 se tornou a primeira brasileira a ganhar o Emmy Internacional na categoria de melhor atriz pela atuação em Doce de Mãe. Pelo Twitter, a presidente do país Dilma parabeniza Fernanda Montenegro pelo Emmy dizendo que Fernanda:"é um orgulho do Brasil". Carlos Henrique Schroder diretor-geral da Rede Globo festejou o prêmio de Fernanda dizendo: "É o reconhecimento de uma estrela maior da nossa cultura. É a nossa dama maior do teatro, da TV e do cinema brasileiro. E justamente recebeu essa homenagem e reconhecimento internacional".
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Nascida no bairro do Campinho, subúrbio do Rio,filha de uma dona de casa e de um mecânico, Fernanda cresceu neste ambiente, frequentando colégios públicos e o sítio dos seus avós em Jacarepaguá.
Com doze anos de idade, conclui seu primário e dedica-se a formação para o trabalho, matriculando-se no curso de secretariado Berlitz, que compreendia inglês, francês, português, estenografia e datilografia. Frequentava ainda o curso de madureza à noite, conseguindo concluir o equivalente ao ginasial em dois anos.
Aos quinze anos, porém, Fernanda, ainda no terceiro ano do curso de secretariado, inscreveu-se num concurso como locutora na Rádio MEC, fator que foi decisivo para a sua carreira. O concurso, chamado "Teatro da Mocidade", era voltado a despertar jovens talentos para o radialismo.19
Localizada na Praça da República (Campo de Santana), a Rádio MEC fica ao lado da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, na qual funcionava um grupo de teatro amador dos alunos da faculdade, coordenado pelo professor Adauto Filho. Ligada a Magalhães Graça e Valquíria Brangatz (também chamada artisticamente de "Neli Rodrigues"), alunos da Faculdade e colegas na Rádio, Fernanda passa a integrar o grupo de teatro, ao participar da peça "Nuestra Natascha" interpreta sua primeira personagem, Cassona. Posteriormente, foi levada pelo professor Adauto para participar de atividades no Teatro Ginástico.
Seu primeiro papel como radio-atriz foi numa obra de Cláudio Fornari, que, na época, era um autor muito importante, chamada "Sinhá Moça Chorou", na qual fez o papel da Manuela, que era uma jovem - o segundo papel feminino - que se apaixonou pelo Garibaldi.
Fernanda permaneceu na Rádio por dez anos, inicialmente como locutora e depois como atriz. Foi lá que Fernanda, ao começar a escrever, adotou o pseudônimo "Fernanda Montenegro".
Paralelamente, a atriz passou a lecionar português para estrangeiros no Berlitz, curso que havia frequentado por quatro anos. Era a forma de obter alguma remuneração, já que o trabalho na Rádio nem sempre era remunerado.
 
 
  
 
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Foi a primeira atriz contratada pela recém-criada TV Tupi do Rio de Janeiro, em 1951. Na emissora, entre 1951 e 1953, participou de cerca de 80 peças, exibidas nos programas Retrospectiva do Teatro Universal e Retrospectiva do Teatro Brasileiro. Sob a direção de Jacy Campos, Chianca de Garcia e Olavo de Barros, atuou ao lado de Paulo Porto, Heloísa Helena, Grande Otelo, Fregolente e Colé. Participou também de programas policiais escritos por Jacy Campos e Amaral Neto.
 
Em 1963, contratada pela TV Rio, atuou nas novelas Pouco Amor Não É Amor e A Morta Sem Espelho, ambas de Nélson Rodrigues, com direção de Fernando Torres (ator) e Sérgio Britto, respectivamente. Em 1964, fez mais duas novelas dirigidas por Sérgio Britto: Vitória e Sonho de Amor, esta última uma adaptação feita por Nélson Rodrigues do romance O Tronco do Ipê, de José de Alencar, produzida pela TV Rio e exibida também em São Paulo pela TV Record.
 
Cena de Guerra dos Sexos
 
Fernanda Montenegro estreou em novelas da TV Globo em 1981, em Baila comigo, de Manoel Carlos. Sua personagem, Sílvia Toledo Fernandes, foi escrita especialmente para a atriz, que foi dirigida por Roberto Talma e Paulo Ubiratan. No mesmo ano, viveu a milionária Chica Newman de Brilhante, novela de Gilberto Braga. Na trama, Luísa (Vera Fischer) é escolhida por Chica Newman para se casar com seu filho Ignácio (Dennis Carvalho), que é homossexual. Mas a moça acaba se envolvendo com Paulo César (Tarcísio Meira), homem de origem humilde, casado com Isabel (Renée de Vielmond), filha de Chica.
 



Entre os filmes em que atuou no cinema estão A Falecida (1964) e Eles Não Usam Black-Tie (1980), ambos de Leon Hirszman. E, mais recentemente, Olga, de Jayme Monjardim, onde interpretou Leocádia Prestes, mãe do líder comunista Luís Carlos Prestes; Redentor (2004), dirigido por seu filho, Cláudio Torres; Casa de Areia (2005), filme dirigido pelo genro Andrucha Waddington, marido de sua filha, a atriz Fernanda Torres; e Love in the Time of Cholera (br: O Amor nos Tempos do Cólera), de Mike Newell, lançado em 2007, onde fez a personagem Tránsito Ariza, mãe do personagem do ator espanhol Javier Bardem. Em 2010 viveu a protagonista Bete em Passione, de Sílvio de Abreu. Em 2012 protagonizou o último episódio da minissérie As Brasileiras como a artista decadente Mary Torres no episódio Maria do Brasil, e no especial de fim de ano Doce de Mãe em que interpretou Dona Picucha, personagem principal onde foi premiada com o Emmy Internacional de melhor atriz.
Em 2013, deu vida a Dona Cândida Rosado (Candinha) no remake de Saramandaia escrito por Ricardo Linhares.
 
 
 
 
Fotos: Google Images
Fonte: Wickpédia


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